Alceu Valença, nascido em São Bento do Una, Pernambuco, em 1946, é uma figura singular que transcende as fronteiras da música para se tornar um verdadeiro ícone da cultura pernambucana. Sua trajetória artística, marcada por uma fusão única de ritmos regionais, rock e elementos da cultura popular, é um testemunho vivo da riqueza e diversidade cultural do estado.
Desde cedo, Alceu demonstrou interesse pela música, aprendendo a tocar violão e integrando bandas durante a adolescência. Sua carreira deslanchou nos anos 70, quando mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a colaborar com outros grandes artistas da época. No entanto, foi nos anos 80 que ele consolidou seu estilo inconfundível, unindo suas raízes nordestinas às influências do pop e do rock.
O álbum "Anjo Avesso" (1983) marcou um ponto de virada em sua carreira, apresentando composições que exploravam a riqueza melódica e poética do Nordeste, como "Cavalo de Pau" e "Anunciação". A música "La Belle de Jour" evidenciou sua habilidade em criar canções atemporais que atravessam gerações.
Alceu Valença não se limita apenas à música; sua presença e participação em manifestações culturais enriquecem o patrimônio do estado. Ele é conhecido por seu envolvimento em festivais, eventos folclóricos e celebrações tradicionais, promovendo e preservando a identidade cultural pernambucana.
Como defensor incansável da cultura popular, Alceu destaca-se pela valorização do maracatu, do frevo e do baião, trazendo esses elementos para o cenário nacional e internacional. Sua música não apenas entretém, mas também educa, contando histórias do Nordeste e transmitindo as tradições de forma envolvente.
Alceu Valença é mais do que um músico; ele personifica a alma vibrante de Pernambuco. Sua contribuição histórica e cultural vai além do palco, sendo um embaixador fervoroso da riqueza e diversidade que caracterizam essa região do Brasil. Seu legado perdura, inspirando novas gerações a explorarem e preservarem as raízes culturais que fazem de Pernambuco um tesouro inestimável.