A origem do município se deu com a chegada do português Diogo Braga, da ilha de Santo Antão, no arquipélago de Cabo Verde, em 1626, quando ali se estabeleceu com a família e agregados, para dedicar às atividades agropastoris, adquirindo fazendas.
O colonizador português mandou construir residência e uma capela, esta última consagrada a Santo Antão, padroeiro da ilha e protetor contra roubo de gado.
Nas proximidades da capela, cresceu um povoado conhecido por cidade do Braga, posteriormente denominado Santo Antão da Mata, designação da primitiva casa de oração e antiga mata ali existente.
Em 1645, a nove quilômetros de Santo Antão da Mata, travou-se a batalha do monte das Tabocas, contra os holandeses. Em 1710, por ocasião da Guerra dos Mascates, o povoado foi ameaçado, mas a tropa legalista negou-se a combater, apoiando os rebeldes e aprisionando o comandante.
Em 1783, foi criado o Distrito com topônimo Vitória de Santo Antão, lembrando o sucesso dos pernambucanos na batalha dos montes das Tabocas. Em 1811, passou à categoria de muncípio.
Vitória o nome teu somente encerra
O desejo maior que tem um povo
Quando eu ouço teu nome, oh minha terra!
Sinto as veias arfando em corpo novo.
Entre as tuas irmãs de maior glória
Apareces risonha e sobranceira.
Escrevendo um capítulo da história
De nossa amada terra brasileira.
No monte das Tabocas deu-te norte
De Fernandes Vieira a grande fama
E o feito de Mariana, ingente e forte
Atende à voz da Pátria que lhe chama.
Os campos teus floridos azulados
Repetem pela aurora e no sol posto
O grito de teus filhos denodados
Que nos legaram o dia 3 de agosto.
E os filhos teus, cantando noite e dia
Bem como outrora os bardos do tabor,
Vão levando braçados de alegria
Para enfeitar, Vitória, o teu valor.
E se um dia o rincão pernambucano
Precisar do meu sangue em teu favor
Darei altivo como um pelicano
E destemido como um lutador.